Uma pesquisa do instituto WRI Brasil revelou as seis principais tendências para mobilidade urbana em 2022. Entre elas, destacam-se o tripé: compartilhamento, sustentabilidade e transporte ativo. Dessa forma, os veículos a combustão perdem cada vez mais centralidade para iniciativas que priorizam a coletividade, a eletricidade e a micromobilidade. Confira.
1) Maas – Mobility as a service
A mobilidade como serviço (MaaS, na sigla em inglês) transformou a relação das pessoas com os meios de transportes. Antes, era preciso ter um carro, uma bicicleta. Agora, contamos com serviços que nos permitem deslocar. E os brasileiros apostam nisso. Hoje, dois em cada três brasileiros se dizem dispostos a, nos próximos dez anos, trocar o carro próprio por serviços de mobilidade. Um índice 15% superior à média global. É o que revelou o relatório “Futuro da Mobilidade”, produzido pela consultoria global R/GA.
2) Carros por aplicativo
Dentro da lógica da MaaS, estão os carros por aplicativos, que seguem em destaque. A facilidade e os preços ainda acessíveis têm feito com que as pessoas optem por esse tipo de serviço para se deslocarem. Além disso, mais duas tendências aparecem neste segmento: melhorar a relação entre veículos e passageiros transportados e auxiliar no transporte de pessoas com deficiência.
3) Carros, bicicletas e patinetes elétricos
Quando se trata de sustentabilidade, os veículos elétricos são os protagonistas da vez. No ano passado, as vendas de carros elétricos aumentaram 257% no Brasil, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A tendência é que os veículos eletrificados se popularizem à medida que modelos com preços mais baixos cheguem ao consumidor.
Além disso, para distâncias mais curtas, que representam a maioria dos deslocamentos, o uso de bicicletas e patinetes elétricos deve seguir em alta, assim como o compartilhamento desses modais.
4) Mais ciclovias e bicicletas compartilhadas
As bicicletas compartilhadas são mais uma tendência de mobilidade urbana, serviço que tem crescido no Brasil, especialmente nos grandes centros. O compartilhamento de bikes facilita o acesso e torna o trajeto mais econômico e sustentável. No entanto, para que o serviço siga em crescimento é preciso também investir em ciclovias, que tornam os deslocamentos mais rápidos e seguros para os ciclistas.
5) Pequenas distâncias e transporte ativo
Imagina fazer todos os deslocamentos dentro das cidades em até 15 minutos? Esse é o modelo urbano proposto pelo colombiano Carlos Moreno, que vive há mais de 20 anos em Paris. O foco aqui são as curtas distâncias e a proximidade a funções essenciais, como trabalhar, estudar, consumir e se divertir. Neste modelo, o transporte ativo (bicicleta e caminhada) ganha destaque, já que não é preciso percorrer longas distâncias. Como resultado, temos a melhoria na qualidade de vida dos cidadãos e a redução da emissão de CO2 no ambiente.
6) Investimento em BRTs
Uma última tendência é a retomada dos investimentos em BRTs (ônibus de trânsito rápido), com foco na melhoria do transporte coletivo. Isso porque, esse sistema requer menos tempo e recursos para implantação do que o necessário nos metrôs, por exemplo, com benefícios compatíveis. Em faixas exclusivas, os ônibus de transporte rápido percorrem grandes distâncias em um curto espaço de tempo.